domingo, 8 de fevereiro de 2015

BÍBLIA (INTRODUÇÃO) - BÍBLIA ONLINE E DOWNLOAD


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Sendo possível que surjam algumas “gralhas” e outras imperfeições, desde já nos penitenciamos, mas a pesquisa e adequação dos textos, levou-nos nalguns casos ao não exercício de uma revisão eficiente.



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Como facilmente podeis deduzir do seu conteúdo, não se trata de uma Bíblia completa, sendo antes composta por excertos de alguns dos seus livros, quer do Antigo quer do Novo Testamento. Completos estão para além das Epístolas editadas, o Livro de Job, o Evangelho de Mateus e o Livro do Apocalipse.
Foram coligidos e editados, de forma pouco ortodoxa, sem títulos e numeração de versículos, para aqueles cristãos que ainda se não aventuraram a ler as Sagradas Escrituras, ou se limitaram a pequenos trechos das mesmas. Umas vezes, não sabendo por onde começar, dada a extensão dos textos; outras começando pelos primeiros livros e neles encontrando uma aridez e enfado que julgo compreensível; outras ainda, pela dificuldade de leitura das letras minúsculas com que se deparam. Neste particular, quantas vezes me lembro dos idosos da minha aldeia e das suas queixas “oculares”.
A palavra “preguiçoso” ocorreu-me, mas não se pense em momento algum, que na minha mente se formou um sentido pejorativo ou “pecaminoso”. Pode ser-se cristão sem nunca ter lido a Bíblia, e lendo-a não o ser.


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Baseando-me em traduções de língua brasileira, certo de que será no Brasil que irei ter um maior número de leitores, isolei alguns Livros do Antigo Testamento e outros do Novo, evitando repetições, nomeadamente fazendo a escolha de um só dos quatro Evangelhos, de molde a que na síntese e numa leitura rápida, com um tamanho de letra “que se veja”, possam os cristãos, e não só, ter um primeiro contacto sequencial e lógico dos textos que fundamentam a sua fé.

Esta é a “Bíblia do Cristão Preguiçoso”, compilada por um não-cristão. Um cristão que já o foi, mas que nos dias de hoje tem sérias dúvidas quanto à divindade de Jesus – veja-se »  

No entanto, é um não-cristão que não consegue renegar as suas origens na fé, que respeita o cristianismo e os seus princípios, que pretende pautar a sua vida por um “jesuísmo” autêntico, investigando e aguardando…



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A Bíblia divide-se em Antigo e Novo Testamento.

O Antigo é composto por 46 livros.

Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio constituem o Pentateuco. 
Para além deste, numa parte que podemos designar por “Livros Históricos”, temos: Josué, Juízes, Rute, I de Samuel, II de Samuel, I de Reis, II de Reis, I de Crónicas, II de Crónicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, I dos Macabeus e II dos Macabeus.
Seguem-se-lhe os Livros Didácticos: Livro de Job, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (Coelet), Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico (Sirac).
Por último os Livros Proféticos. Os Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel e Daniel. E os menores: Oseías, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Nahum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. 


Para o cristão, o Novo Testamento é o repositório essencial da sua fé, o cerne do seu credo.

Márcio, que terá sido na história do cristianismo, um dos primeiros, senão o primeiro teólogo da Bíblia, afirmou que o Novo Testamento e o Antigo não saberiam pregar o mesmo Deus. O próprio Paulo de Tarso já o tinha expresso numa das suas Epístolas redigida no ano de 53 d.C. (aos Gálatas), como veremos infra.

O Novo Testamento consta de 27 livros: 5 Históricos, que são os quatro Evangelhos e os Actos dos Apóstolos, 21 Doutrinais, que são as Epístolas ou Cartas, e um profético, que se denomina Apocalipse.



Os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João e os Actos, de Lucas. 
As Epístolas ou Cartas de Paulo aos Romanos, I aos Coríntios, II aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, I aos Tessalonicenses, I a Timóteo, II a Timóteo, a Tito, a Filémon, e aos Hebreus.
Para além das Cartas de Paulo, temos a de Tiago, a I e II de Pedro, a I, II e III de João, e a de Judas.
Por último, o Livro profético do Apocalipse.


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O núcleo central desta “Bíblia” no que mais releva para os cristãos, centra-se no Evangelho de Mateus, parcialmente nos Actos, e no Livro do Apocalipse, ainda que este seja de difícil interpretação. 

Escolhemos o Evangelho de Mateus, por ter sido escrito por Levi, chamado Mateus, apóstolo de Jesus, que foi cobrador de impostos. 
E isto, porque o de Marcos, escrito entre 75 e 80 d.C., não o terá sido pelo apóstolo, mas por João de Jerusalém, tradutor de Pedro para o grego. O de Lucas, escrito cerca de 60 d.C., pelo próprio Lucas, mas médico e companheiro de Paulo, que também terá sido o autor dos Actos. O de João terá sido escrito nos primeiros anos do século II, por João, o Ancião, um grego cristão e não o apóstolo João.

Das Cartas, haverá que referir, que apenas as de Paulo aos Tessalonicenses (51 d.C.), aos Gálatas (53 d.C.), I aos Coríntios (55 d.C.), II aos Coríntios (56 d.C.), Romanos (57 d.C.), Filipenses (61-62 d.C.), Filémon (62 d.C.) e a I de Pedro, não suscitam qualquer dúvida quanto à sua autenticidade e ao autor do texto.



Paulo de Tarso foi obviamente um homem genial. As suas Epístolas constituem-se como o mais antigo testemunho do Novo Testamento. Mas as cartas não são os Evangelhos e Paulo não foi apóstolo de Jesus, intitulando-se antes “Apóstolo por vocação”.

Começa por perseguir a “seita” dos cristãos, tomando parte na execução de Santo Estevão, o primeiro mártir do cristianismo, acabando por se converter na sequência de uma visão de Jesus ressuscitado quando se deslocava para Damasco – vejam-se os Actos.
Paulo e os Apóstolos começam por expandir o cristianismo na Judeia, Galileia e Jerusalém, na Ásia Menor, donde embarcam para a Europa. Fundam as Igrejas de Filipes, Tessalónica e Corinto.
Após inúmeras vicissitudes na sua vida missionária, como Apóstolo por vocação, Paulo é preso em Cesareia, mas invocando a cidadania romana, pede para ser julgado pelo imperador. 
É executado em 62 d.C., dois anos depois de ter chegado a Roma. 


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O Antigo Testamento é normalmente interpretado como profecia da vinda do Messias, tendo como protagonista um dos Profetas maiores do judaísmo. É essencialmente nas profecias de Isaías que vamos encontrar as alusões dos intérpretes bíblicos à natividade de Cristo, da sua essência divina, reino universal e paixão redentora.





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A nossa escolha recaiu sobre o Livro de Job, talvez a primeira Teodiceia conhecida, escrita para justificar a existência do mal no mundo e a fé em Deus – daí o privilégio de iniciar os textos – e em excertos do Livro dos Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos – uma nossa versão do poema editada em 2010, que apesar de não ter pontuação é de todo compreensível -, Eclesiástico, e passagens proféticas relativas ao Messias, do Livro de Isaías, julgado o maior de entre todos os Profetas.  


No que ao Novo Testamento respeita, cingimo-nos ao Evangelho de Mateus, aos Actos, às duas primeiras Cartas de Paulo e a primeira de Pedro. Por fim, o Livro do Apocalipse, escrito por João, o Sacerdotee não o Apóstolo -, na última década do século primeiro.

Assim:
ANTIGO TESTAMENTO
- Livro de Job;
- Salmos;
- Provérbios;
- Eclesiastes;
- Cântico dos Cânticos;
- Eclesiástico;
- Isaías.
NOVO TESTAMENTO
- Evangelho Segundo S. Mateus;
- Actos dos Apóstolos;
- Primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses;
- Epístola de S. Paulo aos Gálatas;
- Primeira Epístola de S. Pedro;
- Apocalipse.

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Atente-se que na Epístola aos Gálatas, Paulo emancipa definitivamente o cristianismo do judaísmo, daí advindo a importância daquela.

O Cristianismo teria depois do nascimento de Jesus uma construção doutrinal de quatro séculos.



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NOTA PARA LEITURA - A consulta ou leitura dos mencionados textos, pode ser realizada sequencialmente ou clicando no respectivo Livro, na coluna direita deste blogue.





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JOSÉ MARIA ALVES
(BLOGUE PESSOAL)

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