domingo, 8 de fevereiro de 2015

LIVRO DO APOCALIPSE



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Revelação de Jesus Cristo: Deus concedeu-lha para que mostrasse aos seus servos as coisas que devem acontecer muito em breve. Ele manifestou-a com sinais por meio do seu Anjo, enviado ao seu servo João, o qual atesta tudo quanto viu como sendo Palavra de Deus e o Testemunho de Jesus Cristo. Feliz o leitor e os ouvintes das palavras desta profecia se observarem o que nela está escrito, pois o Tempo está próximo. 

João, às sete Igrejas que estão na Ásia: a vós graça e paz da parte de "Aquele-que-é, Aquele-que-era e Aquele-que-vem", da parte dos sete Espíritos que estão diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo, a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e que nos lavou de nossos pecados com o seu sangue, e fez de nós uma Realeza e Sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele pertencem a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém. Eis que ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão, até mesmo os que o trespassaram, e todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim! Amém! Eu sou o Alfa e o Ómega, diz o Senhor Deus, "Aquele-que-é, Aquele- que-era e Aquele-que-vem", o Todo-poderoso. 

Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus, encontrava-me na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do Testemunho de Jesus. No dia do Senhor fui movido pelo Espírito, e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de uma trombeta, ordenando: "Escreve o que vês, num livro, e envia-o às sete Igrejas: a Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia". Voltei-me para ver a voz que me falava; ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, alguém semelhante a um filho de Homem, vestido com uma túnica longa e cingido à altura do peito com um cinto de ouro. Os cabelos da sua cabeça eram brancos como lã branca, como neve; e os seus olhos pareciam uma chama de fogo. Os pés tinham o aspecto do bronze quando está incandescente no forno, e sua voz era como o estrondo das águas torrenciais. Na mão direita tinha sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada, com dois gumes. A sua face era como o sol, quando brilha com todo o seu esplendor. Ao vê-lo, caí como morto a seus pés. Ele, porém, colocou a mão direita sobre mim assegurando: "Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da Morte e do Hades. Escreve, pois, o que viste: tanto as coisas presentes como as que deverão acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste em minha mão direita e aos sete candelabros de ouro: as sete estrelas são os Anjos das sete Igrejas, e os sete candelabros as sete Igrejas. 

Ao Anjo da Igreja em Éfeso, escreve: Assim diz aquele que segura as sete estrelas em sua mão direita, o que anda no meio dos sete candelabros de ouro. Conheço a tua conduta, tua fadiga e tua perseverança: sei que não podes suportar os malvados: puseste à prova os que se diziam apóstolos— e não são — e os descobriste mentirosos. És perseverante, pois sofreste por causa do meu nome, mas não esmoreceste. Devo reprovar-te, contudo, por teres abandonado o teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde caíste, converte-te e retoma a conduta de outrora. De contrário, virei a ti e, caso não te convertas, removerei o teu candelabro da sua posição. Tens de bom, contudo, o detestares a conduta dos nicolaítas, que também eu detesto. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: ao vencedor, conceder-lhe-ei comer da árvore da vida que está no paraíso de Deus.

Ao Anjo da Igreja em Esmirna, escreve: Assim diz o Primeiro e o Último, aquele que esteve morto mas voltou à vida. Conheço a tua tribulação, tua indigência — és rico, porém! — e as blasfémias de alguns dos que se afirmam judeus mas não são — pelo contrário, são uma sinagoga de Satanás! Não tenhas medo do que irás sofrer. Eis que o Diabo vai lançar alguns dentre vós na prisão, para serdes postos à prova. Tereis uma tribulação de dez dias. Mostra-te fiel até à morte, e eu te darei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: o vencedor de modo algum será lesado pela segunda morte.

Ao Anjo da Igreja em Pérgamo, escreve: Assim diz aquele que tem a espada afiada, de dois gumes. "Sei onde moras: é onde está o trono de Satanás. Tu, porém, seguras firmemente o meu nome, pois não renegaste a minha fé, nem mesmo nos dias de Antipas, minha testemunha fiel, que foi morto junto a vós, onde Satanás habita. Tenho, contudo, algumas reprovações a fazer: tens aí pessoas que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balac a lançar uma pedra de tropeço aos filhos de Israel, para que comessem das carnes sacrificadas aos ídolos e se prostituíssem. Do mesmo modo tens, também tu, pessoas que seguem a doutrina dos nicolaítas. Converte-te, pois! Do contrário, virei logo contra ti, para os combater com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: ao vencedor darei do maná escondido, e lhe darei também uma pedrinha branca, uma pedrinha na qual está escrito um nome novo, que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. 

Ao anjo da Igreja em Tiatira, escreve: Assim diz o Filho de Deus, cujos olhos parecem chamas de fogo e cujos pés são semelhantes ao bronze. "Conheço a tua conduta: o amor, a fé, a dedicação, a perseverança e as tuas obras mais recentes, ainda mais numerosas que as primeiras. Reprovo-te, contudo, pois deixas em paz Jezabel, esta mulher que se afirma profetisa: ela ensina e seduz os meus servos a prostituírem-se, comendo das carnes sacrificadas aos ídolos. Dei-lhe um prazo para que se converta; ela, porém, não se quer converter da sua prostituição. Eis que vou lançá-la num leito, e os que com ela cometem adultério, numa grande tribulação, a menos que se convertam da sua conduta. Farei também com que seus filhos morram, para que todas as Igrejas saibam que sou eu quem sonda os rins e o coração; e a cada um de vós retribuirei segundo a vossa conduta. Quanto a vós, porém, os outros de Tiatira que não seguem esta doutrina, os que não conhecem "as profundezas de Satanás" — como dizem —, declaro que não vos imponho outro peso; o que tendes, todavia, segurai-o firmemente até que eu venha. Ao vencedor, ao que observar a minha conduta até ao fim, conceder-lhe-ei autoridade sobre as nações; com ceptro de ferro as apascentará, como se quebram os vasos de argila — conforme também eu recebi de meu Pai. Dar-lhe-ei ainda a Estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.

Ao Anjo da Igreja em Sardes, escreve: Assim diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço a tua conduta: tens fama de estar vivo, mas estás morto. Torna-te vigilante e consolida o resto que estava para morrer, pois não achei perfeita a tua conduta diante do meu Deus. Lembra-te, portanto, de como recebeste e ouviste, observa-o, e converte-te! Caso não vigies, virei como um ladrão, sem que saibas em que hora te venho surpreender. Em Sardes, contudo, há algumas pessoas que não sujaram suas vestes; elas andarão comigo vestidas de branco, pois são dignas. O vencedor trajar-se-á com vestes brancas e eu jamais apagarei o seu nome do livro da vida. Proclamarei o seu nome diante de meu Pai e dos seus Anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas. 

Ao Anjo da Igreja em Filadélfia, escreve: Assim diz o Santo, o Verdadeiro, aquele que tem a chave de David, o que abre e ninguém mais fecha, e fechando, ninguém mais abre. Conheço a tua conduta: eis que pus à tua frente uma porta aberta que ninguém poderá fechar, pois tens pouca força, mas guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome. Vou entregar-te alguns da sinagoga de Satanás, que se afirmam judeus mas não são, pois mentem; farei com que venham prostrar-se a teus pés e reconheçam que eu te amo. Visto que guardaste minha palavra de perseverança, também eu te guardarei da hora da tentação que virá sobre o mundo inteiro, para colocar à prova os habitantes da terra. Venho logo! Segura com firmeza o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Quanto ao vencedor, farei dele uma coluna no templo do meu Deus, e daí nunca mais sairá. Escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da Cidade do meu Deus — a nova Jerusalém, que desce do céu, de junto do meu Deus — e o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.

Ao Anjo da Igreja em Laodiceia, escreve: Assim fala o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus. Conheço tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar de minha boca. Pois dizes: sou rico, enriqueci-me e de nada mais preciso. Não sabes, porém, que és tu o infeliz: miserável, pobre, cego e nu! Aconselho-te a comprar de mim o ouro purificado no fogo para que enriqueças, vestes brancas para que te cubras e não apareça a vergonha da tua nudez, e um colírio para que unjas teus olhos e possas enxergar. Quanto a mim, repreendo e educo todos aqueles que amo. Recobra, pois, o fervor e converte-te! Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo. Ao vencedor concederei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu também venci e estou sentado com meu Pai em seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas. 


Depois disso, tive uma visão: havia uma porta aberta no céu, e a primeira voz, que ouvira falar-me como uma trombeta, disse: Sobe até aqui, para que eu te mostre todas as coisas que devem acontecer depois destas. Fui imediatamente movido pelo Espírito: eis que havia um trono no céu, e no trono, Alguém sentado. O que estava sentado tinha o aspecto de uma pedra de jaspe e cornalina, e um arco-íris envolvia o trono com reflexos de esmeralda. Ao redor desse trono estavam dispostos vinte e quatro tronos, e neles sentavam-se vinte e quatro Anciãos, vestidos de branco e com coroas de ouro sobre a cabeça. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões, e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo: são os sete Espíritos de Deus. À frente do trono, havia como que um mar vítreo, semelhante ao cristal. No meio do trono e ao seu redor estavam quatro Seres vivos, cheios de olhos pela frente e por trás. O primeiro Ser vivo é semelhante a um leão; o segundo Ser vivo, a um touro; o terceiro tem a face como a do homem; o quarto Ser vivo é semelhante a uma águia em voo. Os quatro Seres vivos têm cada um seis asas e estão cheios de olhos ao redor e por dentro. E, dia e noite sem parar, proclamam: "Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus todo-poderoso, Aquele-que-era, Aquele-que-é e Aquele-que-vem. E, a cada vez que os Seres vivos dão glória, honra e ação de graças àquele que está sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro Anciãos se prostram diante daquele que está sentado no trono para adorarem aquele que vive pelos séculos dos séculos, depondo suas coroas diante do trono e proclamando: "Digno és tu, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste todas as coisas; por tua vontade elas não existiam e foram criadas. 

Vi depois, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora e selado com sete selos. Vi então um Anjo poderoso, proclamando em alta voz: Quem é digno de abrir o livro, rompendo seus selos? Mas ninguém no céu, nem na terra ou sob a terra era capaz de abrir nem de ler o livro. Eu muito chorava, porque ninguém foi considerado digno de abrir nem de ler o livro. Um dos Anciãos, porém, consolou-me: "Não chores! Eis que o Leão da tribo de Judá, o Rebento de David, venceu para poder abrir o livro e seus sete selos". Com efeito, entre o trono com os quatro Seres vivos e os Anciãos, vi um Cordeiro de pé, como que imolado. Tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. Ele veio então receber o livro da mão direita daquele que está sentado no trono. Ao receber o livro, os quatro Seres vivos e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um com uma cítara e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, cantando um cântico novo: "Digno és tu de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste imolado e, pelo teu sangue, resgataste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Deles fizeste, para nosso Deus, uma Realeza e Sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra". Na minha visão ouvi ainda o clamor de uma multidão de anjos que circundavam o trono, os Seres vivos e os Anciãos — seu número era de milhões de milhões e milhares de milhares — proclamando, em alta voz: "Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor". E ouvi toda a criatura no céu, na terra, sob a terra, no mar, e todos os seres que neles vivem, proclamarem: "Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro pertencem o louvor, a honra, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos!" Os quatro Seres vivos diziam: "Amém!" e os Anciãos prostraram-se e adoraram.

Vi quando o Cordeiro abriu o pri¬meiro dos sete selos, e ouvi o primeiro dos quatro Seres vivos dizer como estrondo dum trovão: "Vem!" Vi então aparecer um cavalo branco, cujo montador tinha um arco. Deram-lhe uma coroa e ele partiu, vencedor e para vencer ainda. Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo Ser vivo dizer: "Vem!" Apareceu então um outro cavalo, vermelho, e ao seu montador foi concedido o poder de tirar a paz da terra, para que os homens se matassem entre si. Entregaram-lhe também uma grande espada. Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro Ser vivo dizer: "Vem!" Eis que apareceu um cavalo negro, cujo montador tinha na mão uma balança. Ouvi então uma voz, vinda do meio dos quatro Seres vivos, que dizia: "Um litro de trigo por um denário e três litros de cevada por um denário! Quanto ao óleo e ao vinho, não causes prejuízo". Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto Ser vivo que dizia: "Vem!" Vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu montador chamava-se "a Morte" e o Hades acompanhava-o. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para que exterminasse pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras da terra. Quando abriu o quinto selo, vi sob o altar as vidas dos que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que dela tinham prestado. E eles clamaram em alta voz: "Até quando, ó Senhor santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra?" A cada um deles foi dada, então, uma veste branca e foi-lhes dito, também, que repousassem por mais um pouco de tempo, até que se completasse o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam ser mortos como eles. Vi quando ele abriu o sexto selo: houve um grande terramoto; o sol tornou-se negro como um saco de crina, e a lua inteira como sangue; as estrelas do céu precipitaram-se sobre a terra, como a figueira que deixa cair seus frutos ainda verdes ao ser agitada por um forte vento; o céu afastou- se, como um livro que é enrolado; todas as montanhas e as ilhas foram removidas do seu lugar; os reis da terra, os magnatas, os capitães, os ricos e os poderosos, todos, escravos e homens livres, esconderam-se nas cavernas e pelos rochedos das montanhas, dizendo aos montes e às pedras: "Desmoronai sobre nós e escondei-nos da face daquele que está sentado no trono, e da ira do Cordeiro, pois chegou o Grande Dia da sua ira, e quem poderá subsistir."

Depois disso, vi quatro Anjos, postados nos quatro cantos da terra, segurando os quatro ventos, para que o vento não soprasse sobre a terra, sobre o mar ou sobre alguma árvore. Vi também outro Anjo que subia do Oriente com o selo do Deus vivo. Esse gritou em alta voz aos quatro Anjos que haviam sido encarregados de fazer mal à terra e ao mar: "Não danifiqueis a terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcado a fronte dos servos do nosso Deus". Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, doze mil foram marcados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gad, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Neftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zabulon, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil foram marcados.

Depois disso, eis que vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados com vestes brancas e com palmas na mão. E, em alta voz proclamavam: "A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro!" E todos os Anjos que estavam ao redor do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres vivos se prostraram diante do trono para adorar Deus. E diziam: "Amém! O louvor, a glória, a sabedoria, a acção de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém!" Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me: "Estes que estão trajados com vestes brancas, quem são e de onde vieram?" Eu respondi-lhe: "Meu Senhor, és tu quem o sabe!" Ele, então, explicou-me: "Estes são os que vêm da grande tribulação: lavaram suas vestes e alvejaram-nas no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus, servindo-o dia e noite em seu templo. Aquele que está sentado no trono estenderá sua tenda sobre eles: nunca mais terão fome, nem sede, o sol nunca mais os afligirá, nem qualquer calor ardente; pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, conduzindo-os até às fontes de água da vida. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos". 

Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve no céu um silêncio durante cerca de meia hora...


Vi então os sete Anjos que estão diante de Deus: deram-lhes sete trombetas. Outro Anjo veio postar-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro. Deram-lhe uma grande quantidade de incenso para que o oferecesse com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está diante do trono. E, da mão do Anjo, o fumo do incenso com as orações dos santos subiu diante de Deus. O Anjo tomou depois o turíbulo, encheu-o com o fogo do altar e atirou-o por terra; seguiram-se trovões, clamores, relâmpagos e um terramoto.

Os sete Anjos munidos com as sete trombetas prepararam-se então para tocar. E o primeiro tocou. Caiu então sobre a terra granizo e fogo, misturados com sangue: uma terça parte da terra queimou-se, um terço das árvores se queimou e a toda vegetação verde se queimou. E o segundo Anjo tocou. Algo como uma grande montanha incandescente foi lançado no mar: uma terça parte do mar transformou-se em sangue, pereceu um terço das criaturas que viviam no mar e um terço dos navios foi destruído. E o terceiro Anjo tocou. Caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha. E caiu sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes. O nome da estrela é "Absinto". A terça parte da água converteu-se em absinto, e muitos homens morreram por causa da água, que se tornou amarga. E o quarto Anjo tocou. Um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas foram atingidos, de modo que uma terça parte deles se ofuscou: o dia perdeu um terço de sua luz, bem como a noite. Então vi e ouvi uma Águia que voava no meio do céu, gritando em alta voz: "Ai, ai, ai dos que habitam a terra, por causa dos restantes toques da trombeta dos três Anjos que estão para tocar!"

E o quinto Anjo tocou. Vi então uma estrela que havia caído do céu sobre a terra: foi-lhe entregue a chave do poço do Abismo. Ela abriu o poço do Abismo, e dali subiu um fumo, como o fumo de uma grande fornalha, de modo que o sol e o ar ficaram escuros por causa do fumo do poço. E do fumo saíram gafanhotos pela terra, dotados de um poder semelhante ao dos escorpiões da terra. Disseram-lhes, porém, que não danificassem a vegetação da terra, nem o que estivesse verde e as árvores, mas somente os homens que não tivessem o selo de Deus sobre a fronte. Foi-lhes dada a permissão, não de matá-los, mas de os atormentar durante cinco meses com um tormento semelhante ao do escorpião, quando fere um homem. Naqueles dias, os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles. O aspecto dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos preparados para uma batalha: sobre a sua cabeça parecia haver coroas de ouro e suas faces eram como faces humanas; tinham cabelos semelhantes ao cabelo das mulheres e dentes como os do leão; tinham couraças como que de ferro, e o ruído de suas asas era como o ruído de carros com muitos cavalos, correndo para um combate; eram ainda providos de caudas semelhantes à dos escorpiões, com ferrões: nas suas caudas estava o poder de atormentar os homens durante cinco meses. Como rei tinham sobre si o Anjo do Abismo, cujo nome em hebraico é "Abaddon" e, em grego, "Apollyon". O primeiro "Ai" passou. Eis que depois destas coisas vêm ainda dois "ais". 

E o sexto Anjo tocou. Ouvi então uma voz que provinha dos quatro chifres do altar de ouro, colocado diante de Deus, e dizia ao sexto Anjo, que estava com a trombeta: "Liberta os quatro Anjos que estão presos sobre o grande rio Eufrates". Os quatro Anjos, que estavam prontos para a hora, o dia, o mês e o ano, foram então libertos para matar a terça parte dos homens. O número de cavaleiros do exército era de duzentos milhões: ouvi bem o seu número. Na minha visão, os cavalos e os cavaleiros tinham este aspecto: vestiam couraças de fogo, de jacinto e enxofre; a cabeça dos cavalos era como de leão e da sua boca saía fogo, fumo e enxofre. Uma terça parte dos homens foi morta por causa destes três flagelos: o fogo, o fumo e o enxofre que saíam da boca dos cavalos. O poder dos cavalos, com efeito, está na sua boca e nas caudas; de facto, as suas caudas parecem serpentes: têm cabeça com as quais causam dano. Os outros homens, que não foram mortos por estes flagelos, não renunciaram sequer às obras de suas mãos, para não mais adorar os demónios, os ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir ou andar. Não se converteram também de seus homicídios, magias, prostituição e roubos. 

Vi depois outro Anjo poderoso descendo do céu: trajava-se com uma nuvem e sobre a sua cabeça estava o arco-íris; o seu rosto era como o sol, as pernas pareciam colunas de fogo, e na mão segurava um livrinho aberto. Pousou o pé direito sobre o mar, o esquerdo sobre a terra, e emitiu um forte grito, como um leão quando ruge. Ao gritar, os sete trovões ribombaram suas vozes. Quando os sete trovões ribombaram, eu estava para escrever, mas ouvi do céu uma voz que me dizia: "Guarda em segredo o que os sete trovões falaram, e não o escrevas". Nisto, o Anjo que eu vira de pé sobre o mar e a terra levantou a mão direita para o céu e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos — que criou o céu e tudo o que nele existe, a terra e tudo o que nela existe, o mar e tudo o que nele existe — : "Já não haverá mais tempo! Pelo contrário, nos dias em que se ouvir o sétimo Anjo, quando ele tocar a trombeta, então o mistério de Deus estará consumado, conforme ele anunciou aos seus servos, os profetas". 

A voz do céu que eu tinha ouvido tornou então a falar-me: "Vai, toma o livrinho aberto da mão do Anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra". Fui, pois, ao Anjo e pedi-lhe que me entregasse o livrinho. Ele então disse-me: "Toma-o e devora-o; ele te amargará o estômago, mas em tua boca será doce como mel". Tomei o livrinho da mão do Anjo e devorei-o: na boca era doce como mel; quando o engoli, porém, o meu estômago tornou-se amargo. Disseram-me então: "É necessário que continues ainda a profetizar contra muitos povos, nações, línguas e reis". 

Deram-me depois um caniço, semelhante a uma vara, dizendo: "Levanta-te e mede o Templo de Deus, o altar e os que nele adoram. Quanto ao átrio externo do Templo, deixa-o de lado e não o meças, pois ele foi entregue às nações que durante quarenta e dois meses calcarão aos pés a Cidade santa. Às minhas duas testemunhas, porém, permitirei que profetizem, vestidas de saco, durante mil duzentos e sessenta dias". Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Senhor da terra. Caso alguém queira prejudicá-las, sai de sua boca um fogo que devora seus inimigos; sim, se alguém pretendesse prejudicá-las, é deste modo que deveria morrer. Elas têm o poder de fechar o céu para que não caia nenhuma chuva durante os dias de sua missão profética. Têm ainda, o poder de transformar as águas em sangue e de ferir a terra com todo o tipo de flagelos, quantas vezes o quiserem. Quando terminarem o seu testemunho, a Besta que sobe do Abismo combaterá contra elas, vencê-las-á e as há-de matar. Os seus cadáveres ficarão expostos na praça da Grande Cidade que se chama simbolicamente Sodoma e Egipto, onde também o Senhor delas foi crucificado. E homens de todos os povos, raças, línguas e nações vêem seus cadáveres durante três dias e meio, impedindo que sejam colocados numa sepultura. Os habitantes da terra rejubilam-se com isso, ficam alegres e trocarão presentes, pois estes dois profetas haviam atormentado os habitantes da terra. Contudo, depois dos três dias e meio, um sopro de vida, vindo de Deus, penetrou-os, e eles puseram-se em pé. E um grande medo apoderou-se dos que os contemplavam. Ouvi então uma forte voz do céu, que lhes dizia: "Subi para aqui!" E subiram para o céu na nuvem, e os seus inimigos os contemplaram. Naquela mesma hora houve um grande terramoto; a décima parte da cidade caiu e sete mil pessoas morreram na catástrofe. Os sobreviventes ficaram apavorados e deram glória ao Deus do céu. 

O segundo "Ai" passou. Eis que chega rapidamente o terceiro "Ai". E o sétimo Anjo tocou. Houve então fortes vozes no céu, clamando: "A realeza do mundo passou agora para nosso Senhor e seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos". Os vinte e quatro Anciãos que estão sentados em seus tronos diante de Deus prostraram-se e adoraram Deus, dizendo: "Nós te damos graças, Senhor Deus todo-poderoso, Aquele-que-é e Aquele-que-era, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. As nações tinham-se enfurecido, mas a tua ira chegou, como também o Tempo de julgar os mortos, de dar a recompensa aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, pequenos e grandes, e de exterminar os que exterminam a terra". O templo de Deus que está no céu abriu-se, e apareceu no templo a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terramotos e uma grande tempestade de granizo. 

Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz. Apareceu então outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete diademas; a sua cauda arrastava um terço das estrelas do céu, lançando-as para a terra. O Dragão colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse. Ela deu à luz um filho, um varão, que irá reger todas as nações com um ceptro de ferro. O seu filho, porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, e a Mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por mil duzentos e sessenta dias. Houve então uma batalha no céu: Miguel e os seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com seus Anjos, mas foi derrotado, e não se encontrou mais um lugar para eles no céu. Foi expulso o grande Dragão, a antiga serpente, o chamado Diabo ou Satanás, sedutor de toda a terra habitada — foi expulso para a terra, e seus Anjos foram expulsos com ele. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: "Agora realizou-se a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo: porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus. Eles, porém, venceram-no pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho, pois desprezaram a própria vida até à morte. Por isso, alegrai-vos, ó céu, e vós que o habitais! Ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu para junto de vós cheio de grande furor, sabendo que lhe resta pouco tempo". Ao ver que fora expulso para a terra, o Dragão pôs-se a perseguir a Mulher que dera à luz o filho varão. Ela, porém, recebeu as duas asas da grande águia para voar ao deserto, para o lugar em que, longe da Serpente é alimentada por um tempo, tempos e metade de um tempo. A Serpente, então, vomitou água como um rio atrás da Mulher, a fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da Mulher: a terra abriu a sua boca e engoliu o rio que o Dragão vomitara. Enfurecido por causa da Mulher, o Dragão foi então guerrear contra o resto dos seus descendentes, os que observam os mandamentos de Deus e mantêm o Testemunho de Jesus. 

Coloquei-me depois sobre a praia do mar. Vi então uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres havia dez diademas, e sobre as cabeças um nome blasfemo. A Besta que eu vi parecia uma pantera: seus pés, contudo, eram como os de um urso e a sua boca como a mandíbula de um leão. E o Dragão entregou-lhe o seu poder, o seu trono, e uma grande autoridade. Uma das suas cabeças parecia mortalmente ferida, mas a ferida mortal foi curada. Cheia de admiração, a terra inteira seguiu a Besta e adorou o Dragão por ter entregado a autoridade à Besta. E adorou a Besta dizendo: "Quem é comparável à Besta" e quem pode lutar contra ela?" Foi-lhe dada uma boca para proferir palavras insolentes e blasfémias, e também poder para agir durante quarenta e dois meses. Ela abriu então a sua boca em blasfémias contra Deus, blasfemando contra o seu nome, sua tenda e os que habitam no céu. Deram-lhe permissão para guerrear contra os santos e vencê-los; e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Adoraram-na, então, todos os habitantes da terra cujo nome não está escrito desde a fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos, ouça: "Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão; se alguém deve morrer pela espada, é preciso que morra pela espada". Nisto repousa a perseverança e a fé dos santos.

Vi depois outra Besta sair da terra: tinha dois chifres como um Cordeiro, mas falava como um dragão. Toda a autoridade da primeira Besta, ela exerce-a diante desta. E ela faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira Besta, cuja ferida mortal tinha sido curada. Ela opera grandes maravilhas: até mesmo a de fazer descer fogo do céu sobre a terra, à vista dos homens. Graças às maravilhas que lhe foi concedido realizar em presença da Besta, seduz os habitantes da terra, incitando-os a fazerem uma imagem em honra da Besta que tinha sido ferida pela espada, mas voltou à vida. Foi-lhe dado até mesmo infundir espírito à imagem da Besta, de modo que a imagem pudesse falar e fazer com que morressem todos os que não adorassem a imagem da Besta. Faz também com que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos recebam uma marca na mão direita ou na fronte, para que ninguém possa comprar ou vender se não tiver a marca, o nome da Besta ou o número do seu nome. Aqui é preciso discernimento! Quem é inteligente calcule o número da Besta, pois é um número de homem: seu número é 666.

Tive depois esta visão: eis que o Cordeiro estava de pé sobre o monte Sião com os cento e quarenta e quatro mil que traziam escrito sobre a fronte o nome dele e o nome de seu Pai. E ouvi uma voz que vinha do céu, semelhante a um fragor de águas e ao ribombo de um forte trovão; a voz que eu ouvi era como o som de citaristas tocando suas cítaras. Cantavam um cântico novo diante do trono, dos quatro Seres vivos e dos Anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, excepto os cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra. Estes são os que não se contaminaram com mulheres: são virgens. Estes seguem o Cordeiro, onde quer que ele vá. Estes foram resgatados dentre os homens, como primícias para Deus e para o Cordeiro. Na sua boca jamais foi encontrada mentira: são íntegros. 

Vi depois outro Anjo que voava no meio do céu, com um evangelho eterno para anunciar aos habitantes da terra, a toda nação, tribo, língua e povo. Ele dizia em alta voz: "Temei a Deus e tributai-lhe glória, pois chegou a hora do seu julgamento; adorai aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes". Outro Anjo, o segundo, continuou: "Caiu, caiu Babilónia, a Grande, a que embebedou todas as nações com o vinho do furor". Outro Anjo, ainda, o terceiro, seguiu-os, em alta voz: "Se alguém adora a Besta e a sua imagem, e recebe a marca sobre a fronte ou na mão, esse também beberá o vinho do furor de Deus, derramado sem mistura na taça da sua ira; será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos Anjos e diante do Cordeiro. O fumo do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos: os que adoram a Besta e a sua imagem, e quem quer que receba a marca do seu nome nunca têm descanso, dia e noite. Nisto repousa a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus". Ouvi então uma voz do céu, dizendo: "Escreve: felizes os mortos, os que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham". 

Depois disso, olhei: havia uma nuvem branca, e sobre a nuvem alguém sentado, semelhante a um Filho de Homem, com uma coroa de ouro na cabeça e nas mãos uma foice afiada. Nisto outro Anjo saiu do Templo, gritando em alta voz ao que estava sentado sobre a nuvem: "Lança a tua foice e ceifa. Chegou a hora da ceifa, pois a seara da terra está madura". O que estava sentado na nuvem lançou então a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada. Nisto saiu do templo que está no céu outro Anjo, também ele com uma foice afiada. E outro Anjo, que tem poder sobre o fogo, saiu do altar e gritou em alta voz ao que segurava a foice afiada: "Lança a tua foice afiada e vindima os cachos da videira da terra, pois as suas uvas amadureceram". O Anjo lançou então a sua foice afiada na terra e vindimou a videira da terra, lançando-a depois no grande lagar do furor de Deus. O lagar foi pisado fora da cidade e dele saiu sangue até chegar aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios. 

Vi ainda um outro sinal grande e maravilhoso no céu: sete Anjos com sete pragas, as últimas, pois com estas o furor de Deus estará consumado. Vi também como que um mar de vidro misturado com fogo, e os que venceram a Besta, sua imagem e o número do seu nome: estavam de pé sobre o mar de vidro e seguravam as cítaras de Deus, cantando o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus, todo-poderoso; os teus caminhos são justos e verdadeiros, ó Rei das nações. Quem não temeria, ó Senhor, e não glorificaria o teu nome? Sim! Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de ti, pois as tuas justas decisões se tornaram manifestas". 

Depois disto, vi abrir-se o templo da tenda do Testemunho que está no céu, e dele saíram os sete Anjos com as sete pragas. Estavam vestidos de linho puro, resplandecente, e cingidos à altura do peito com cintos de ouro. Um dos quatro Seres vivos entregou aos sete Anjos sete taças de ouro, cheias do furor do Deus que vive pelos séculos dos séculos. O templo encheu-se de fumo por causa da glória de Deus e do seu poder, de modo que ninguém podia entrar no templo, até que estivessem consumadas as sete pragas dos sete Anjos. 

Ouvi depois uma forte voz que vinha do templo, dizendo aos sete Anjos: "Ide e derramai pela terra as sete taças do furor de Deus". O primeiro saiu e derramou a sua taça pela terra. E uma úlcera maligna e dolorosa atingiu as pessoas que traziam a marca da Besta e as que adoravam a sua imagem. O segundo derramou sua taça pelo mar. E este se transformou em sangue, como de um morto, de modo que todos os seres que viviam no mar morreram. O terceiro derramou a sua taça pelos rios e pelas fontes. E transformaram-se em sangue. Ouvi então o Anjo das águas dizer: "Justo és Aquele-que-é e Aquele-que-era, ó Santo, porque julgaste estas coisas; pois estes derramaram sangue de santos e profetas, e tu lhes deste sangue para beber. Eles merecem-no!" Ouvi então que o altar dizia: "Sim, Senhor, Deus todo-poderoso, os teus julgamentos são verdadeiros e justos". O quarto derramou a sua taça sobre o sol. E a este foi permitido abrasar os homens com fogo. Os homens, então, abrasados por um calor intenso, puseram-se a blasfemar contra o nome do Deus, que tem poder sobre tais pragas. Mas não se converteram para lhe tributar glória. O quinto derramou a sua taça sobre o trono da Besta. E o seu reino ficou em trevas: os homens mordiam a língua de dor, e blasfemaram contra o Deus do céu por causa de suas dores e úlceras. Mas não se converteram de sua conduta. O sexto derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates. E a água do rio secou, abrindo caminho aos reis do Oriente. Nisto vi que da boca do Dragão, da boca da Besta e da boca do falso profeta saíram três espíritos impuros, como sapos. São, com efeito, espíritos de demónios: fazem maravilhas e vão até aos reis de toda a terra, a fim de os reunir para a guerra do Grande Dia do Deus todo-poderoso. - Eis que eu venho como um ladrão: feliz aquele que vigia e conserva as suas vestes, para não andar nu e deixar que vejam a sua vergonha -. Reuniram-nos então no lugar que, em hebraico, se chama "Harmagedôn". O sétimo, finalmente, espalhou a sua taça pelo ar. Nisto saiu uma forte voz do templo, dizendo: "Está realizado!" Houve então relâmpagos, vozes, trovões, e um forte terramoto; um terramoto tão violento como nunca houve desde que o homem apareceu sobre a terra. A Grande Cidade dividiu-se em três partes, e as cidades das nações caíram. Deus lembrou-se então de Babilónia, a Grande, para lhe dar o cálice do vinho do furor da sua ira. As ilhas fugiram todas e os montes desapareceram; do céu caiu sobre os homens um granizo pesado, como chuva de talentos. E os homens blasfemaram contra Deus por causa da praga do granizo, pois o seu flagelo é muito grande.


Um dos Anjos das sete taças veio dizer- me: "Vem! Vou mostrar-te o julgamento da grande Prostituta que está sentada à beira de águas copiosas: os reis da terra prostituíram-se nela, e com o vinho da sua prostituição embriagaram-se os habitantes da terra". Ele transportou-me então, em espírito, ao deserto, onde vi uma mulher sentada sobre uma Besta escarlate cheia de títulos blasfemos, com sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida com púrpura e escarlate, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações; são as impurezas da sua prostituição. Sobre a sua fronte estava escrito um nome, um mistério: "Babilónia, a Grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra". Vi então que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. E vendo-a, fiquei profundamente admirado. O Anjo, porém, disse-me: "Por que estás admirado? Eu te explicarei o mistério da mulher e da Besta com sete cabeças e dez chifres que a carrega. 

A Besta que viste existia, mas não existe mais; está para subir do Abismo, mas caminha para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, ficarão admirados ao ver a Besta, pois ela existia, não existe mais, mas reaparecerá. Aqui é necessária a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier deverá permanecer por pouco tempo. A Besta que existia e não existe mais é ela própria o oitavo e também um dos sete, mas caminha para a perdição. Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam um reino. Estes, porém, receberão autoridade como reis por uma hora apenas, juntamente com a Besta. Tais reis têm um só desígnio: entregar o seu poder e autoridade à Besta. Farão guerra contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os há-de vencer, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, e com ele vencerão também os chamados, os escolhidos, os fiéis". E continuou: "As águas que viste onde a Prostituta está sentada são povos e multidões, nações e línguas. Os dez chifres que viste e a Besta, contudo, odiarão a Prostituta e a despojarão, deixando-a nua: comerão suas carnes e a entregarão às chamas, pois Deus lhes colocou no coração realizar o seu desígnio: entregar sua realeza à Besta, até que as palavras de Deus estejam cumpridas. A mulher que viste, enfim, é a Grande Cidade que reina sobre os reis da terra". 

Depois disso, vi outro Anjo descendo do céu; tinha um grande poder e a terra ficou iluminada com a sua glória. Ele então gritou com voz poderosa: "Caiu! Caiu Babilónia, a Grande! Tornou-se moradia de demónios, abrigo de todo o tipo de espíritos impuros, abrigo de todo o tipo de aves impuras e repelentes, porque ela embriagou as nações com o vinho do furor da sua prostituição; com ela prostituíram-se os reis da terra, e os mercadores da terra enriqueceram graças ao seu luxo desenfreado". 

Ouvi então uma outra voz do céu que dizia: "Saí dela, ó meu povo, para que não sejais cúmplices dos seus pecados e atingidos pelas suas pragas; porque os seus pecados amontoaram-se até ao céu, e Deus lembrou-se das suas iniquidades. Devolvei-lhe o mesmo que ela pagou, pagai-lhe o dobro, conforme as suas obras; no cálice em que ela misturou misturai para ela o dobro. O tanto que ela se concedia em glória e luxo devolvei-lho em tormento e luto, porque, em seu coração, dizia: - Estou sentada como rainha, não sou viúva e nunca experimentarei luto. Por isso as suas pragas virão num só dia: morte, luto e fome, e pelo fogo será devorada, porque o Senhor Deus que a julgou é forte". 

Então os reis da terra, que com ela se prostituíam e compartilhavam do seu luxo, chorarão e baterão no peito, ao ver o fumo do seu incêndio. Postados à distância, por medo do seu tormento, dirão: "Ai, ai, ó grande cidade, ó Babilónia, cidade poderosa, uma hora apenas bastou para o teu julgamento!" Os mercadores da terra também choram e enlutam-se por sua causa, porque ninguém mais compra as suas mercadorias: Carregamentos de ouro e de prata, pedras preciosas e pérolas, linho e púrpura, seda e escarlate, todo o tipo de madeira perfumada, de objectos de marfim, de madeira preciosa, de bronze, de ferro, de mármore, canela e amorno, perfumes, mirra e incenso; vinho e óleo, flor de farinha e trigo, bois e ovelhas, cavalos e carros, escravos e vidas humanas. Os frutos pelos quais tua alma anelava afastaram-se para longe de ti; tudo o que é opulência e esplendor está perdido para ti, e nunca, nunca mais será encontrado! Os mercadores destes produtos, que enriqueceram graças a ela, postar-se-ão à distância, por medo do seu tormento; e chorando e enlutando-se dirão: "Ai, ai, ó grande cidade, vestias linho puro, púrpura e escarlate, e adornavas-te com ouro, pedras preciosas e pérolas: numa só hora tanta riqueza foi reduzida a nada! Todos os pilotos e navegadores, marinheiros e quantos trabalhavam nos mares mantiveram-se à distância, e, vendo o fumo do seu incêndio, gritavam: "Quem era semelhante à grande cidade?" E atirando pó sobre a cabeça, chorando e enlutando-se, gritavam: "Ai, ai, ó grande cidade, com tua opulência enriqueceram todos os que tinham navios no mar: numa hora apenas foi arruinada! Exultai por sua causa, ó céu, e vós, santos, apóstolos e profetas, pois, julgando-a, Deus vos fez justiça". Nisto, um Anjo poderoso levantou uma pedra, como uma grande mó, e atirou-a ao mar dizendo: "Com tal ímpeto será lançada Babilónia, a grande cidade, e nunca mais será encontrada; e o canto de harpistas e músicos, de flautistas e tocadores de trombeta, em ti não mais se ouvirá; e nenhum artífice de qualquer arte jamais em ti se encontrará; e o canto do moinho em ti não mais se ouvirá; e a luz da lâmpada nunca mais em ti brilhará; e a voz do esposo e da esposa em ti não mais se ouvirá, porque os teus mercadores eram os magnatas da terra, e com tua magia as nações todas foram seduzidas: e nela foi encontrado sangue de profetas e santos, e de todos os que foram imolados sobre a terra". 

Depois disso, ouvi como que um forte rumor de numerosa multidão no céu, aclamando: "Aleluia!" A salvação, a glória e o poder são do nosso Deus, porque os seus julgamentos são verdadeiros e justos. Sim! Ele julgou a grande Prostituta, que corrompeu a terra com a sua prostituição, e nela vingou o sangue dos seus servos!" E acrescentaram: "Aleluia! Dela sobe o fumo pelos séculos dos séculos!" Os vinte e quatro Anciãos e os quatro Seres vivos prostraram-se então diante do Deus que está sentado no trono, dizendo: "Amém, Aleluia!" Nisto, saiu do trono uma voz, convidando: "Dai louvores ao nosso Deus, vós todos, seus servos, e vós que o temeis, os pequenos e os grandes!" Ouvi depois como que o rumor de uma grande multidão, semelhante ao fragor de águas torrenciais e ao ribombar de fortes trovões, aclamando: "Aleluia! Porque o Senhor, o Deus todo-poderoso passou a reinar! Alegremo-nos e exultemos, demos glória a Deus, porque estão para se realizar as núpcias do Cordeiro, e sua esposa já está pronta: concederam-lhe vestir-se com linho puro, resplandecente" — pois o linho representa a conduta justa dos santos. A seguir, disse-me: "Escreve: felizes aqueles que foram convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro". E acrescentou: "Estas são as verdadeiras palavras de Deus". Caí então a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: "Não! Não o faças! Sou servo como tu e como os teus irmãos que têm o testemunho de Jesus. É a Deus que deves adorar!" Com efeito, o espírito da profecia é o testemunho de Jesus. 


Vi então o céu aberto: eis que apareceu um cavalo branco, cujo montador se chama "Fiel" e "Verdadeiro" ele julga e combate com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; sobre a sua cabeça há muitos diademas, e traz escrito um nome que ninguém conhece, excepto ele; veste um manto embebido de sangue, e o nome com que é chamado é Verbo de Deus. Os exércitos do céu acompanham-no em cavalos brancos, vestidos com linho de brancura resplandecente. Da sua boca sai uma espada afiada para com ela ferir as nações. Ele é quem as apascentará com um ceptro de ferro. Ele é quem pisa o lagar do vinho do furor da ira de Deus, o Todo-poderoso. Um nome está escrito sobre o seu manto e sobre a sua coxa: Rei dos reis e Senhor dos senhores. Vi depois um Anjo que, de pé no sol, gritou em alta voz a todas as aves que voavam no meio do céu: "Vinde, reuni-vos para o grande banquete de Deus, para comer carnes de reis, carnes de capitães, carnes de poderosos, carnes de cavalos e cavaleiros, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes". Vi então a Besta reunida com os reis da terra e seus exércitos para guerrear contra o Cavaleiro e seu exército. A Besta, porém, foi capturada juntamente com o falso profeta, o qual, em presença da Besta, tinha realizado sinais com que seduzira os que haviam recebido a marca da Besta e adorado a sua imagem: ambos foram lançados vivos no lago de fogo, que arde com enxofre. Os outros foram mortos pela espada que saía da boca do Cavaleiro. E as aves todas fartaram-se com as suas carnes. 

Vi então um Anjo descer do céu, trazendo na mão a chave do Abismo e uma grande corrente. Agarrou o Dragão, a antiga Serpente, que é o Diabo, Satanás, acorrentou-o por mil anos e atirou-o para dentro do Abismo, fechando-o e lacrando-o com um selo para que não seduzisse mais as nações até que os mil anos estivessem terminados. Depois disso, ele deverá ser solto por pouco tempo. Vi então tronos, e aos que neles se sentaram foi dado poder de julgar. Vi também as vidas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e dos que não tinham adorado a Besta, nem sua imagem, e nem recebido a marca sobre a fronte ou na mão eles voltaram à vida e reinaram com Cristo durante mil anos. Os outros mortos, contudo, não voltaram à vida até ao término dos mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Feliz e santo aquele que participa da primeira ressurreição! Sobre estes a segunda morte não tem poder; eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e com ele reinarão durante mil anos.

Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para seduzir as nações dos quatro cantos da terra, Gog e Magog, reunindo-as para o combate; o seu número é como a areia do mar. Subiram sobre a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos e a Cidade amada; mas um fogo desceu do céu e devorou-os. O Diabo que os seduzira foi então lançado no lago de fogo e de enxofre, onde já se achavam a Besta e o falso profeta. E serão atormentados dia e noite, pelos séculos dos séculos.

Vi depois um grande trono branco e aquele que nele se assenta. O céu e a terra fugiram da sua presença, sem deixar vestígios. Vi então os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se livros. Também foi aberto outro livro, o da vida. Os mortos foram então julgados conforme sua conduta, a partir do que estava escrito nos livros. O mar devolveu os mortos que nele jaziam, a Morte e o Hades entregaram os mortos que neles estavam, e cada um foi julgado conforme sua conduta. A Morte e o Hades foram então lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. E quem não se achava inscrito no livro da vida foi também lançado no lago de fogo.


Vi então um céu novo e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra se foram, e o mar já não existe. Vi também descer do céu, de junto de Deus, a Cidade santa, uma Jerusalém nova, pronta como uma esposa que se enfeitou para o seu marido. Nisto ouvi uma voz forte que, do trono, dizia: "Eis a tenda de Deus com os homens. Ele habitará com eles; eles serão o seu povo, e ele, Deus-com-eles, será o seu Deus. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, nem dor. Sim! As coisas antigas se foram!" O que está sentado no trono declarou então: "Eis que eu faço novas todas as coisas". E continuou: "Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras". Disse-me ainda: "Elas realizaram-se! Eu sou o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim; e a quem tem sede eu darei gratuitamente da fonte da água viva. O vencedor receberá esta herança, e eu serei seu Deus e ele será meu filho. Quanto aos covardes, porém, e aos infiéis, aos corruptos, aos assassinos, aos impúdicos, aos mágicos, aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua porção encontra-se no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte". 

Depois, um dos sete Anjos das sete taças cheias com as sete últimas pragas veio até mim e disse-me: "Vem! Vou mostrar-te a Esposa, a mulher do Cordeiro!" Ele então arrebatou-me em espírito sobre um grande e alto monte, e mostrou-me a Cidade santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, com a glória de Deus. O seu esplendor é como o de uma pedra preciosíssima, uma pedra de jaspe cristalino. Ela está cercada por uma muralha grossa e alta, com doze portas. Sobre as portas há doze Anjos e nomes inscritos, os nomes das doze tribos de Israel: três portas para o lado do oriente; três portas para o norte; três portas para o sul, e três portas para o ocidente. A muralha da cidade tem doze alicerces, sobre os quais estão os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro. Aquele que comigo falava tinha como medida uma cana de ouro, para medir a cidade, seus portões e sua muralha. A cidade é quadrangular: o seu comprimento é igual à largura. Mediu então a cidade com a cana: doze mil estádios. O comprimento, a largura e a altura são iguais. Mediu também a muralha: cento e quarenta e quatro côvados. O Anjo media com medida humana. O material da sua muralha é jaspe, e a cidade é de ouro puro, semelhante a um vidro límpido. Os alicerces da muralha da cidade são revestidos com todo o tipo de pedras preciosas: o primeiro alicerce é de jaspe, o segundo de safira, o terceiro de calcedónia, o quarto de esmeralda, o quinto de sardónica, o sexto de cornalina, o sétimo de crisólito, o oitavo de berilo, o nono de topázio, o décimo de crisópraso, o décimo primeiro de jacinto, o décimo segundo de ametista. As doze portas são doze pérolas: cada uma das portas era feita de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro como um vidro transparente. Não vi nenhum templo nela, pois o seu templo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa do sol ou da lua para a iluminarem, pois a glória de Deus a ilumina, e sua lâmpada é o Cordeiro. As nações caminharão à sua luz, e os reis da terra trar-lhe-ão a sua glória; suas portas nunca se fecharão de dia, e lhe trarão a glória e o tesouro das nações. Nela jamais entrará algo de imundo, e nem os que praticam a abominação e a mentira. Entrarão somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.


Mostrou-me depois um rio de água da vida, brilhante como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da praça, de um lado e do outro do rio, há árvores da vida que frutificam doze vezes, dando fruto a cada mês; e as suas folhas servem para curar as nações. Nunca mais haverá maldições. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos prestar-lhe-ão culto; verão a sua face, e o seu nome estará sobre suas frontes. Já não haverá noite: ninguém mais precisará da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e eles reinarão pelos séculos dos séculos. Disse-me então: "Estas palavras são fiéis e verdadeiras, pois o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu Anjo para mostrar aos seus servos o que deve acontecer muito em breve. Eis que eu venho em breve! Feliz aquele que observa as palavras da profecia deste livro". Eu, João, fui o ouvinte e a testemunha ocular destas coisas. Tendo-as ouvido e visto, prostrei-me para adorar o Anjo que me havia mostrado tais coisas. Ele, porém, impediu-me: "Não! Não o faças! Sou servo como tu e como os teus irmãos, os profetas, e como aqueles que observam as palavras deste livro. É a Deus que deves adorar!" E acrescentou: "Não retenhas em segredo as palavras da profecia deste livro, pois o Tempo está próximo. Que o injusto cometa ainda a injustiça e o sujo continue a sujar-se; que o justo pratique ainda a justiça e que o santo continue a santificar-se. Eis que eu venho em breve, e trago comigo o salário para retribuir a cada um conforme o seu trabalho. Eu sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Felizes os que lavam as suas vestes para terem poder sobre a árvore da Vida e para entrarem na Cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães, os mágicos, os impúdicos, os homicidas, os idólatras e todos os que amam ou praticam a mentira".


Eu, Jesus, enviei o meu Anjo para vos atestar estas coisas a respeito das Igrejas. Eu sou o rebento da estirpe de David, a brilhante Estrela da manhã. O Espírito e a Esposa" dizem: "Vem!" Que aquele que ouve diga também: "Vem!" Que o sedento venha, e quem o deseja receba gratuitamente da água da vida. A todo o que ouve as palavras da profecia deste livro eu declaro: "Se alguém lhes fizer algum acréscimo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. E se alguém tirar algo das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará também a sua parte da árvore da Vida e da Cidade santa, que estão descritas neste livro!" Aquele que atesta estas coisas diz: "Sim, venho muito em breve!" Amém! Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus esteja com todos! Amém.



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JOSÉ MARIA ALVES
(BLOGUE PESSOAL)
(SITE PESSOAL)

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